quinta-feira, 8 de julho de 2010

Balada ao Douro

Chegou o momento mais esperado..
de lagrimas que queriam cair de alegria, passei por sorrisos forçados, que transformaram aquilo que julgava memoravel..
já não me sinto lá, já não me sinto como um de vos.. talvez ja me fosse sentindo assim.. mas nunca como hoje.. como agora..
fio cristalino, limiar de um não e um sim..
balança de uma justiça, como que amante..
que pendeu o prato do terminar.. hora será, mas em nada afaga a tristeza que um novo começo propicia.. mas de felicidade ia eu caminhando.. de sorrisos e saltos.. musica e riso..
ate que por fim como que numa especie de momento premonitorio, senti que o tempo mudaria.. e isso, assim a conteceu..
não senti mais ser parte, nao senti ser mais que um burro velho..
e tentei desaparecer daquele sitio e voltar mais forte..
mas acabei por voltar.. e regressei a casa..

já em casa fui ao armario e tirei te de dentro.. senti o teu cheiro.. e envolvi-me com a tua escuridao..
sentei-me ao pé da janela..
e liguei a musica.. vi as fotos..
e senti..
senti que foi o fim..
aquilo que um dia vivi,
aquilo que um dia senti, nada nem ninguem me pode tirar.. podem-me tentar tirar o sorriso, e por momentos conseguir.. mas nao conseguem voltar a destruir.. tenho uma armadura negra e sei que ela me protege de tudo..
posso esconder a minha alma mas nao a vejo fragil.. o tempo de chorar nao passou, nunca vai passar.. mas continua tudo resguardado no mais intimo de mim.. juntamente com tudo o que disso faz parte..

sim é verdade, ja nao sou filho, nao sou pai, nao sou teu ou dela.. sou de mim mesmo.. e tenho o meu amor, do meu lado, nos meus ombros..
sinto-me quente mesmo no frio da noite molhada que se avizinha..
e sinto-me triste..
porque para um inicio tem de existir um fim..