domingo, 19 de dezembro de 2010

É isso aí!



A sério que isto foi acontecer? hoje fiz a viagem no carro e imaginei-me como pertencente a uma rodagem de um filme de merda..aqueles enredos que fazem uma pessoa ver o mundo a correr pela janela do carro, com o céu pintado de cores quentes que contrastam com o frio que se faz sentir lá fora.. e o rádio a tocar as musicas mais estúpidas à face da terra..
Pensei que já tinha passado e que os ares diferentes me fariam bem.. e até um ponto que fizeram.. até ao ponto em que parei e o mundo não parou e comecei a pensar.. e depois nem as Muralhas ou o Casal Garcia me ajudaram a ultrapassar o frio que sentia, e que não era só do tempo..
Afinal nem tudo vai ser como pensamos que vai ser, e nem a vida é simples.. grande novidade.. e nem aquilo que pensamos estar a fazer bem se torna nisso mesmo.. fica sempre tudo à beira do sim e do não.. entre o alto e o baixo.. e toda a confiança que outrora ia chegando voou em segundos..
e pior porque sabes que fizeste tudo bem, ou pelo menos esforçaste-te para que o resultado fosse positivo.. mas afinal..
ainda me tentei refugiar no mundo que é só meu.. numa paisagem verde com as luzes a brilhar.. ainda tentei dar mais brilho a esse mundo e que mais uma vez ficou pelo quase.. porque a plenitude ficou para trás.. e eu não sei parar de pensar.. não sei parar de olhar.. e por mais que me custe não sei parar..
há coisas que me deixam agoniado e para ser verdadeiro, sou eu que as escolho, ninguém me obriga através de uma ameaça de vida ou morte.. sou eu mesmo que escolho.. e cada vez vejo que não sei parar e pensar.. começo a duvidar da existência de milagres, da existência daquilo que estes dias significam.. e só começo a esperar por aquilo que não tenho.. está quase a fazer um ano que começou este ano, e tinha prometido a mim mesmo, dar a volta por cima.. porque para quem começou o ano no chão, o caminho só podia ser para cima porque do chão não se passa..
MAS afinal vou terminar na mesma forma que comecei.. sentado no chão.. a ver os céus festejarem, os carros buzinar.. e eu ali, parado.. sozinho com o meu pensamento..
Passou quase um ano e tinha tantas ideias para mim, e tantas coisa que queria atingir.. e vem aí o ano novo e mais coisas imagino que possa fazer.. mas o que fica são as cicatrizes que mais que marcarem o braço.. marcam uma outra coisa e com uma profundidade duplamente maior e dolorosa..
é isso o que me fica.. a marca.. como que tenha sido abalroado violentamente pelo 207 na Júlio Dinis.. passou um ano e tanta coisa passou e o que ficou..
é isso aí a quem acredita em milagres, a quem cometa maldades, a quem não saiba dizer a verdade.. é isso aí, um vendedor de flores ensinar os seus filhos a escolher os seus amores.. eu não sei parar...

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Cheers

A importância que me dou não se mostra como tanto queria.. este rebuliço de emoções não me ajuda e deixa mais cansado.. ontem acordei com um sorriso na cara e a pensar como o dia estava bonito, como eu me sentia bonito e como o dia ia correr bem.. chegou a noite e.. o sorriso desapareceu.. a boa disposição foi pelos Clérigos a baixo..

Don't let the bastards get you down!..

Toca a levantar por mais que custe.. toca e abrir a janela e pensar que se o dia ontem começou bem e acabou mal, hoje começou mal mas vai terminar muito bem.. venha a lasanha.. venha a bebida.. venha o esquecimento e venha acima de tudo o orgulho de ser quem sou..

E brindar a mim!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Finding NeverlanD



não sou mais que uma variação de um momento maior que me faz mexer os braços e as pernas como que se de uma marioneta me tratasse..
como sou possível de estar aqui presentemente ausente, pelo que de lógica num vazio esquecido que é meu, e meu só..

nada do que diga vai ter sentido.. porque eu não tenho sentido.. nem sinto.. não mais do que as teclas de um piano que sofrem por toque de um dedo que carrega o talento ou desalento em si.. sou um nota perdida, numa pauta inventada.. aquele agudo que destoa, de uma harmonia muito mais que perfeita..

ilogicamente encontro a lógica naquilo que demonstro, e assim se passa pelo que mais ninguém conseguira entender.. que a raiva se esboce neste piano que não tem Dó.. não..

procuro o caminho de todas as palavras, o caminho que me leva a encontrar a terra que não é nunca, sem deixar de ser sempre! essa terra que nunca existe e que não passa de utopia, porque o nunca só se torna nunca quando se perder para sempre.. e essa vazio que me torna ausente e descrente, não pisa este palco que neste momento vejo.. não é um dialogo, muito menos um monologo, porque a relação esta em algo que não se passa para palavras.. está num momento que faz de mim um nada, fixo.. como que a dançar num plano de outono, em que sinto as folhas a cair das árvores, a abraçar-me ate ao momento do esquecimento final..

vi num todo escuro que a marca Lá fica num livro, num livro que como teclado de um piano sente a pena da caneta.. esse palco não passa de um momento de fingimento pelo qual não consegui fugir e não quero sequer correr.. quero sentar-me, e ver esse fingimento que tapa o que mais cristalino deveria ser e que mascara uma realidade em Si..

não mais que meras notas de musica transparecem de mim mesmo, porque de mim mesmo mais nada quero transparecer.. quero afogar-me num mando azul que paira pela noite alta e bela de uma cidade em tons de chocolate e negro entrançado..

quero perder a falta de lógica que em mim reside, e procurar o fingimento mais real que me seja possível fingir.. e mascarar-me.. e perder me por entre um piano que lança as suas notas mais além.. ser parte de uma melodia que me deixe desvanecer enquanto uma lágrima cai de um rosto.. lenta.. pura..

quero ser um pó de magia, uma tic tac interminável, um amor épico..
quero não crescer, não perder..
quero encontrar a resposta..
não quero procurar a terra do Nunca,
porque quero eu mesmo ser a Terra do Nunca!




quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Impossible



01 de Outubro de 2010

"Onde estou?
Perdi-me e não me encontro..
Sentado numa cadeira, estragada, em vias de cair..
Não me posso colocar em conforto, não me posso desleixar.. mas sim tenho de me esforçar por me segurar! Qual o caminho que isto me está a levar? e será que me vou encontrar?sinto saudades, sinto falta.. rodeado de pessoas, caras sem nome, nunca me senti tão só..
Sinto que deixei para trás.."


07 de Outubro de 2010


".. uma história, uma vida, um olhar..
Continuo aqui perdido não no meio de pessoas, porque nem as vejo.. mas perdido no meu próprio ser.. Tenho vontade de berrar, bem no alto de um telhado.. Soltar todas as frustrações que não me largam e me prendem como que que se em areias movediças me encontrasse..
Nem o sol que brilha agora pelo meio de nuvens carregadas de chuva me alegra..
Parece IMPOSSÍVEL como que de um momento tudo vá de um oito a um oitenta, e que nem mesmo um antigo cento e oiteinta me salva..
Preveniram-me para ter cuidado, mas não quis ouvir, ou se calhar ainda atentei, mas deixe .me levar, uma vez mais..
e agora?
Agora encontro-me a pensar, a ver fotos minhas de quando tinha menos preocupações, e a perguntar a essa criança nessa foto.. O que é feito de ti?!"

domingo, 29 de agosto de 2010

Illuminated

"..."

Tudo o que quero dizer, e não me sai..

e só cito, reescrevendo..
"(I'm) Blinded"


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Run to the Water



E se deitado não mais acordasse?

O que é que teria ficado feito, o que teria ficado por fazer..
O que teria dito e o que queria ter dito..
O que teria planeado fazer nesse dia de manhã e não..

A noite nem sempre se apresenta como conselheira, por vezes astuta assombra-nos o pensamento..

Que vida é esta que temos que tão bruscamente pode ser-nos roubada.. ficarão memorias de nos?

não consigo prever quando chegará a hora, o minuto o segundo da minha não mais existência, mas prevejo que não mais sorrirei, não mais chorarei, não mais serei eu..

e o que ficará de mim?
e assim,
e se depois de um ultimo boa noite, não existisse mais bom dia..

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Balada ao Douro

Chegou o momento mais esperado..
de lagrimas que queriam cair de alegria, passei por sorrisos forçados, que transformaram aquilo que julgava memoravel..
já não me sinto lá, já não me sinto como um de vos.. talvez ja me fosse sentindo assim.. mas nunca como hoje.. como agora..
fio cristalino, limiar de um não e um sim..
balança de uma justiça, como que amante..
que pendeu o prato do terminar.. hora será, mas em nada afaga a tristeza que um novo começo propicia.. mas de felicidade ia eu caminhando.. de sorrisos e saltos.. musica e riso..
ate que por fim como que numa especie de momento premonitorio, senti que o tempo mudaria.. e isso, assim a conteceu..
não senti mais ser parte, nao senti ser mais que um burro velho..
e tentei desaparecer daquele sitio e voltar mais forte..
mas acabei por voltar.. e regressei a casa..

já em casa fui ao armario e tirei te de dentro.. senti o teu cheiro.. e envolvi-me com a tua escuridao..
sentei-me ao pé da janela..
e liguei a musica.. vi as fotos..
e senti..
senti que foi o fim..
aquilo que um dia vivi,
aquilo que um dia senti, nada nem ninguem me pode tirar.. podem-me tentar tirar o sorriso, e por momentos conseguir.. mas nao conseguem voltar a destruir.. tenho uma armadura negra e sei que ela me protege de tudo..
posso esconder a minha alma mas nao a vejo fragil.. o tempo de chorar nao passou, nunca vai passar.. mas continua tudo resguardado no mais intimo de mim.. juntamente com tudo o que disso faz parte..

sim é verdade, ja nao sou filho, nao sou pai, nao sou teu ou dela.. sou de mim mesmo.. e tenho o meu amor, do meu lado, nos meus ombros..
sinto-me quente mesmo no frio da noite molhada que se avizinha..
e sinto-me triste..
porque para um inicio tem de existir um fim..


sexta-feira, 11 de junho de 2010

Há Amores Assim

Qual a palavra do verbo ser
que tentando ser não o é
como aqueles que tentam
e lutando perdem mais...

Não faço sentido,
qual labirinto, desmedido, retalhado
que não há novelo que liberte,
e continuas
sendo, o verbo ser..

sou aquilo, que tendo sido, me tornei no que..

SEREI.. amargo e doce quiçá salgado..
não serei restos de um mar levado de lágrimas,
não vou ser
não vou dar esse gosto
sabor doce da vitoria e do orgulho..
o que eu sei que sou,
o que sei que no verbo ser, serei
sou eu!

cabeça quebrada
de um corpo excessivamente vivido..
membros que na sua tentativa de ser
gorados se ficam
inanimados, ensombrados com a sua própria sombra..

cabelos molhados
pele húmida de uma chuva que cai,
sendo ela a chuva, límpida, pesada, invisível
que
na penumbra da noite
se disfarça de orvalho..

não termino
não me quedo neste desejo,
de finalizar o poema..
Sou dono de mim,
senhor do meu nariz..
reparo,
comparo,
anoto,
divago..

sou o meu final
sou o meu começo..
sou o verbo ser
e como sendo
serei..



segunda-feira, 7 de junho de 2010

Milim

Sim..
Isto é para ti..
Talvez não passem de estupidas
e desordeiras palavras,
palavras que deveriam ter saido de outra forma..
palavras que não deveriam ser as últimas,
e que no entanto foram..
Sim..
Isto é aquilo que não consegui ser..
Não tenho papel na mão..
Não tenho um carapuço para meter na cabeça..
Não te tenho à minha frente,
de facto, não te tenho mais..
Cometi um erro, dois, três,
quatro quem sabe,
e quando percebi que te havia perdido
foi quando mais cravejei os pés às pedras imaginarias de um mar de areia..
São palavras que me levam para longe de ti,
e que me deixam o sabor agridoce de uma coisa que desmoronou..
Não fui o Homem que podia ter sido,
nem o soube ser porque a luz que via ao longe,
quando podia dizer-te tudo o que sentia,
foi tão forte que ofuscou e fraco dei de mim..
Porque não queria sentir-me por baixo de uma ponte que ao alto me tapava..
Não o digo por sons,
não o digo pelo olhar..
não o direi..
Consegues percebe-lo pela melodia..
Consegues porque sei que entendes..
São palavras que te escrevo, porque serão as ultimas..
e em mim ficará apenas o sonho que tive..
que estarias,
perto,
tão perto que podia tocar..
mas isso desfez-se em pó,
como se desfaz um castelo de areia que seca ao calor e ao vento..

Sim, é para ti..

sábado, 5 de junho de 2010

Try Again




Porque tentas?
Porque ainda rematas como se tentasses marcar o golo da tua vida? mas não penses que será assim tão fácil..
tenho um puro de um vicio de escrever reticências apenas com dois pontos, e sei que está incorrecto, mas não tem o mesmo significado se colocar o terceiro.. Porque um terceiro vem na maioria das vezes estragar tudo.. e tudo se perde.. até o que ainda se estava a encontrar..
Mas preferes desistir ou voltar a tentar? Desiste..! Nada é mais fácil que permitir que desistas e deitar as culpas para o ombro mais próximo, mas o que te vale isso agora?
Se calhar vale mais voltar a tentar, nem que caias e te magoes, mas pelo menos foste atrás..
Passou tempo demais, passou tem a mais e dei a importância a coisas que deveriam ter a importância de um chocolate.. Dá prazer e alegria mas só no momento depois acaba.. E está se calhar na hora de meter as mãos nas cinzas do passado, e recuperar-me, ou melhor, reinventar-me..
Acabou, se tudo correr bem, uma etapa, terminou uma caminhada..digo ADEUS a um azul escuro porque preciso de pautar a minha vida de um tom mais colorido... Não quero verdes, azuis, castanhos, nem o caralho a quatro! Citando uma pessoa que outrora conheci,
"Estimo muito que se foda!"
Vou lutar por pintar de branco e guardar tudo o resto numa gaveta embrulhado num pano que me significa muito, mas que não pode continuar a ser uma ancora que me prende a um lugar.. e vou sacudir toda a poeira que me cerca e começar de novo.. Vou ser eu, vou sorrir e trabalhar...
Vou crescer evoluir e viver..
Vou navegar, voar, caminhar..
Vou usar das mãos e moldar o meu caminho..
Vou afastar-me do que me faz mal, e vou tentar, finalmente, tentar ser realmente eu!!
e o que ficar para trás, que se mantenha na memoria de quem amei e de quem comigo caminhou e os sapatos rompeu!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Drip Drop

Sinto-me cansado, esgotado como que a energia que tinha me tivesse sido roubada..
Já nem o meu refugio, encostado a um rio, ladeado de montes, me dá a força que outrora dava.. Talvez porque o silencio e a solidão, encorajam o meu pensamento a ir mais além.. e aí volto a pensar, a sonhar como um dia sonhei, nas mesmas pedras, nos mesmos caminhos, nos mesmos jardins.. mas esses sonhos de menino, não são mais que resticios de anos em que não lutava para não sofrer.. mas que vivia e sentia que a vida, tinha uma colher de sopa de sofrimento num bolo que era recheado de risos, palhaçadas, brincadeiras..
Mas esse tempo esfumou-se e deu origem a algo que se calhar nem eu pensava que fosse acontecer..
E sinto-me abafado por uma ideia que não mais consigo destruir.. mas no meio desse cansaço, por viagens perdidas, olhares trocados, lágrimas escorridas, há sempre uma coisa que se mantém, e que me ampara mesmo com todo este cansaço.. São abraços, mensagens que transformam as lágrimas em pequenos diamantes que ficam cravados no coração.. Foram pessoas que estão longe, foram abraços que não foram mais do que são.. São momentos que não abandonam.. Muitos passaram e por tempestades foram reduzidos a fotografias e vídeos.. Manchas numa tela que a previa imaculada.. e poucos são os que se constituem pedras, como que fundações de uma casa que sem elas acabam por ruir..
Passam as horas e aqui sentado à janela sinto a brisa da noite entrar pelo quarto, enquanto ouço a musica e sinto vontade de saltar, de dançar e perder-me no meio de uma névoa que me leve de novo para..
e olho que mesmo com a brisa a chama da vela se mantém acesa, tal como quem enxuga as minhas lágrimas dia após dia, semana após semana..
E nesse luminoso espaço que apenas se reflecte numa parece desnudada.. vejo aquilo que foi a minha força, a minha segurança, o meu porto de abrigo quando o meu barco ameaçou afundar..
Vejo uma Cidália, uma Tina, um João Pedro.. Vejo um Tiago, uma Renata, uma Joana, uma Ana Alice, um Zé Rui.. Vejo todos aqueles que de um modo ou de outro ainda me fazem sentir cansado, mas porque estou vivo.. e porque de alguma forma, todos vocês conseguiram..

"These tear drops
That drip drop, drip drop
Drip drop, drip drop"
parar..



quarta-feira, 26 de maio de 2010

Há Dias Assim

dias assim em que me levanto e olho para a janela, e não vejo nada..
Há dias assim, que sorrateiramente abro um olho, e te sinto acariciar-me, em que sinto os teus dedos pelo meu cabelo..
Há dias assim, não posso esconder, mas posso esquecer..
Dias assim onde a tua influência não passa de uma leve brisa que se sente ao virar da esquina, e outros onde és como que uma tarde ventosa à beira mar, onde levantas areias que te tocam na pele e perfuram como se de uma bola de sabão te envolvesses.. E continuo deitado, com a cabeça tapada pelos lençóis e a esforçar-me para adormecer de novo, porque a dormir encontro dias e noites, momentos em que tudo está bem, em que tudo é como o sonho que desejei.. até que um segundo, um simples, rápido e doloroso segundo te faz pensar em algo.. premonição talvez, dolorosa realidade..
Há dias assim que nos deixam sós..
Há dias assim em que acordo e sinto que o que fiz não foi feito, que o que vivi foi um mero acaso do destino, malfadado destino, que se ri dos meus percalços.. dias assim em que fiquei com a mágoa mesmo quando as mãos apertamos.. não sei que dias foram esses, não os relembro no meu diário, porque ainda espero que tudo não passe de um desacerto da vida, e que o verdadeiro acordar, o verdadeiro atracar nesse porto se realize.. mas..
Quem te me levou, roubou-me a alma
e não sei se voltarão a haver dias assim..
Assim só me detenho num busca pelo incógnito, pela satisfação do que me atormenta, do porquê, do teu porquê!! Serão dias perdidos entre cá e lá, já não sei de nada.. apenas me perco por entre lendas..
Há dias assim, em que acordamos e percebemos que de ti não se sabe nada!






domingo, 23 de maio de 2010

Balançar

Eu, vejo azul..
Tu, vês branco..

Eu, via verde..
Tu, castanho..

Eu, estranho..
Tu, em casa..

Eu, aqui..
Tu, aí..

Eu, buraco..
Tu, presidente..

Eu, caminho, pé ante pé, e acompanhado vivo um silêncio, silêncio esse que murmura e encosta ao ouvido o sopro de uma despedida.. Esse silêncio, que vive de medo e tristeza.. Não se fazem regras para evitar o até já, o adeus.. não se fazem regras para viver no silencio, num toque dos lábios no copo.. não se fazem regras para se perceber o porquê de um passo..
Foi um, foram dois, talvez três, não sei.. Não tomei atenção, porque a cada passo que dava em frente, mais em mim sentia vontade de regressar.. e ver-te, caminhar sem ninguém do teu lado.. e a chuva a bater nos vidros da frente..
O sol foi abrasador, queimou me a pele, enquanto nos sentávamos na esplanada.. foram Águias, Cabras, Pinguins, Pandas.. Ticos e bzzz's..
Foram 48 e uns extras.. e eu não queria voltar.. A Lua guardada na minha memoria, o nascer do sol que aconteceu e não se viu..
Senti-me agarrado, zourado e abraçado.. Senti que o mar verde, no qual navego, é ainda o mar que retém a suavidade da luz, do veludo.. Senti também, o perigo, o rasgar do peito com um voraz desejo de liberdade.. Senti..
Senti o fumo do cigarro que sai num leve movimento de bocas.. o cigarro que encheu o espaço de uma névoa onde o farol estava no centro, como que num palco, num monumento, no centro de uma festa..
E tudo assim correu como corre o vinho por uma garrafa que se adivinha quase vazia..
e assim os passos e o silencio.. esse conjunto me levou para longe de ti.. e agora, o meu coração se pergunta incessantemente.. Até quando?! Até que momento.. Até onde, eu voltarei a estar.. assim.. eu.. tu..!


Eu, sentado..
Tu, de pé..

Eu, em águas de pedras..
Tu, em clarões silenciosos..

Eu..
Tu..

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Cry

A melodia começa..
Suavemente vai mostrando, se os olhos fecharmos, como que uma paisagem paradisíaca..
Não se ouvem palavras, não se percebem sentidos.. são 48 segundos em que me deixo navegar num mar que não tem lógica, nem explicação..
não sou pirata, nem capitão,
não sou almirante e nem pescador, mas percorro um oceano desconhecido que tem um só porto no seu todo..
São esses 48 segundos que terminam..
São uns segundos mais que se seguem.. como os segundos do oitavo deficiente em que entrei e subi, segundos esses que me levaram a este mar que não tem inicio, nem se vê o fim..
Não é possível um olhar derrubar toda uma espécie de barreiras e muros construídos para defender.. não é possível, e no entanto, por meios de pequenos toques, por simples toques de dedos na mesa, a barreira inexpugnável foi fragilizada..
Ataques vis de exércitos que envergam as armas de Poseidon e o verde nas suas vestes.. Verde esse que derrubou o negro que reinava num mundo apagado..
Mas de repente me pergunto..
Como pode o verde ocupar tanto espaço..
Como pode o verde ser capaz de dar mais luz que o sol..
Como pode o verde?!?!
Agora reparo que me encontro a navegar nesse mar, que por mais incrível que se pareça, não é azul.. é verde.. verde como campos de relva.. verde como os bosques na primavera que tem a florir em si, a beleza de um mundo.. Navego nesse mar, verde, e volto a dizer que não sou dono do meu próprio barco,porque esse barco em que navego foi me emprestado..
Não soou qualquer buzina, não soou qualquer alarme.. as amarras foram libertadas, paisagens ditas num adeus.. portagens de montes esquecidas.. para que as águas quentes que prometem casamentos se escorram pelos remos de uma viagem..
Navego ao som desta musica, escrita por alguém, para alguém..
Sinto a alegria a nascer quando o minuto passa, como a energia da melodia se revolta e explode num minuto e dezasseis segundos..
Como um novo tom de verde numa palete de cores que guardo no pulso.. deixei a minha ancora nesse porto, assinada.. mostrando que é minha..
Navego neste barco, não tanto à deriva porque sei onde é o porto onde posso permanecer..
não sei qual o caminho, a rota a seguir..
Mas sei qual o fim a atingir..

terça-feira, 20 de abril de 2010

Foolish Games

Quantas vezes não se fizeram jogos de poder e de prazer, que
trouxeram, sobre as suas cabeças o divino castigo do purgatório..
não foram tão somente vezes inocentes..
não foram risos de gozo..
não foram mundos que abalaram...
Quantas vezes nos deixamos seduzir por jogos de olhares e
nunca mais nos conseguimos libertar de tamanha rede que nos cerca..
mas Desculpa, porque não foram jogos..
Quantas vezes já se sentiu o picar no corpo de um
momento não desejado, mas necessário..
muitas..
Mas de todas elas, nenhuma capacitou o destino de tamanha
crueldade..
As manhas não serão as mesmas, mas acabaram-se os jogos e as
gargalhadas..
até um dia, se assim acontecer..

sábado, 27 de março de 2010

Already Gone

Começo o que escrevo com uma pergunta..
SENTIS-TE??
o coração a correr como se tivesse visto um fantasma, os olhos a encher-se de medo, raiva, saudade..
o corpo a desobedecer à mente onde os nervos se apoderaram de mim como se fosse uma simples folha de papel ao sabor do vento..
Volto a repetir.. SENTIS-TE???
Sentis-te o não querer olhar para ti, o não saber o porquê de tudo, a confusão de não querer ver e ver.. Sentis-te como não te olhei, mas te vi.. como olhas-te e eu vi que olhas-te!!
PORRA.. SENTIS-TE o que eu SENTI ao ver-te!!
Nem sei porque ainda escrevo a pensar em ti..
Só sei que ao fim de tanto tempo não te queria voltar a ver..
Pensei ainda ser fruto da ressaca, da noite que passou e eu não tinha dormido..
Da bebida que no meu sangue se tinha entranhado..
Não sei se sentis-te..
Mas infelizmente.. eu SENTI!!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Balada 5ºAno Juridico

Senti a força que durante 5 anos me abraçou dizer-me ao ouvido, tudo está a
terminar..
venho-me imaginando durante os últimos meses como seria quando este momento
chegasse, e agora já não o imagino mais.. não o quero mais até..
mas vejo no meio de sorrisos e brincadeiras que não verei mais, que o
meu tempo está a reduzir-se a passos largos.. cada passo que dou é um passo mais
perto do fim..
Não espero desejoso que o Maio se possa florir, porque será o Inverno de
uma vida..
Não escrevo mais porque o dia em que as lágrimas vão encher o manto está a
chegar.. e não as vou controlar..

quarta-feira, 3 de março de 2010

Tento Saber

Tento não saber..




...



...



...



...



...



Tento não querer..



...



...



...



...



...



Tento deixar de tentar..



...



...



...



...



...



Peguei em algo que não era meu,



Deixei ficar o que era teu, e mais..



Pode ser parecer que já estou livre,



mas eu..



...



...



...



...



...



Tento esquecer..



...



...



...



...



...



Tento..



...



...



...



...



...



e por mais que tente,



não consigo!

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Don't Speak

Por que palavras escrevo,
Por que sentidos me levo,
Se não me sinto em mim mesmo,
E se apenas sinto o vento passar me ao lado
e a chuva molhar me os cabelos..

Por que palavras me rejo,
Por que movimentos me imponho,
Se não sou senhor do meu corpo
e o meu corpo não me obedece..

Porque tento eu,
Porque tenta qualquer um,
Subir ás estrelas e conseguir observar o mundo
e não ser observado por ele..

Porque espero por palavras que não vem,
Porque espero eu por frases que não se escrevem,
Porque espero eu por nomes que não leio,
Porque sou eu que espero?

Porque prefiro a verdade à mentira,
Porque prefiro quando ela magoa,
Porque prefiro quando a palavra é feita de cobardia,
Porque não prefiro morrer..

Não falo,
Não falas,
Ninguém fala,
E o mundo continua,
Abalado por terramotos e inundações..

Sinto-me encostado a um canto,
Sinto-me com medo de dar o passo em frente..
Sinto com medo de repetir
e no mesmo erro cair..

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Unintended

You Could Be My..
tantas frases que poderia escrever e tendo estas palavras por inicio.. mas tantas coisas que se podia fazer e não se faz, por isso também e justo que não se escreva essas frases..
Sento me no beiral da janela, e sinto a força do vento que corre, e vejo ao longe a luz que alumia a noite.. e depois.. o som..
vejo por fim a trovoada a aproximar-se como que a anunciar o fim do mundo.. e eu continuo aqui só como o cão a olhar para mim do rés do chão..
estou do lado de fora, sinto as pernas pesadas, e não tenho onde as colocar.. sinto o corpo pesado e não sei porque.. porque o que eu sei é que o que me pesa é a alma, o coração nada mais..
pesa todo um tempo que não compreendi.. pesa todo um tempo que caminhei e estraguei os sapatos com que caminhava.. pesa toneladas um partir de realidades que não pensei serem possíveis de partir..
Pesa me o peso de um manto de recordações que se vão amontoando e tornando gélidas memorias de acontecimentos que foram o que não queria que fossem..
uma realidade alternativa..
Carrego o peso de palavras que não disse, e que numa outra altura como que recalcadas saíram e transformaram a ideia de mim.. sinto me pesado e não sei porquê.. um peso que não é físico, nem tão pouco material..
Quantas lágrimas quis eu deixar cair e não caíram.. quantas eu não quis deixar que corressem pela minha cara e mesmo assim o fizeram??.. porque nem pedidos conseguem evitar a tristeza, nem melodiosas palavras a saudade..
Porque é que não há uma borracha que possa apagar aquilo que faz parte da nossa vida e queremos que desapareça?
porque não desaparecem elas da nossa mão e teimam em mostrar o caminho percorrido..
o caminho que não mais quero percorrer, porque a razão desse caminho existir já não existe.. simplesmente desapareceu..
a dor da magoa e muito grande, a da desilusão ainda maior, mas nada bate a de um coração partido..
e o meu esta aqui
junto de mim na janela.. sinto o pesado porque sinto o nas mãos.. e o pano preto que um dia o envolvia e protegia também ele se rasgou..
também essa realidade alternativa não passa de uma visão que não é senão o sonho meu..
estou aqui na janela a ver chover, a ouvir a musica, a ver os relâmpagos rasgarem o céu..
estou aqui porque não tenho outro sitio para estar..
estou aqui porque..

everything that could have been...but isn't.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Why Should I Love You

Não sou eu que escrevo..
Não sou eu, quem tu assumes que seja, que escrevo estas palavras..
Não sou eu que perco o meu tempo a tentar perceber, e no tempo me perco porque não consigo perceber..
Já não sou eu quem te escreve..
mas sou eu que estou aqui na mesma, envolto num manto de desilusão e escuridão, onde nem um rasgão de luz é suficiente para iluminar os momentos mais escuros do dia..
Não sou eu quem te diz as palavras.. já fui, não sou mais!!
Adoptei uma personagem nova, capaz de pintar o por de sol, de escrever as palavras mais sinceras, capaz de deixar cair uma lágrima por um amor que não é amor.. e é essa pessoa que escreve não eu!!
Planos, sonhos, desejos que se construíram num mar de ilusões e de repente foram atacados por uma tempestade que deitou tudo a perder.. destruiu tudo e nem as fundações foi capaz de manter..
ouvi uma vez dizer..
"Para ser grande, sê inteiro!"
conseguiste não ser nem grande nem inteiro, e só deixaste um rasto de desilusão e mágoa que nem o tempo conseguirá afastar..
fui eu, mas não fui eu quem pintou, quem mostrou e lutou.. Não sou eu o Nuno que pensas que sou e que me prostro agora sozinho nesta sala.. sou essa personagem que se deixou levar por algo que pensaria ser afinal possível mas que teve o sismo que devasta um terreno e o deixa escarpado, despedaçado..
O Nuno esta la fora, sentado no pátio da torre B..
eu estou aqui,
a escrever e a pensar porquê?
não olho para lá, magoa..
não quero mais olhar, quero esquecer..
Não sou eu que escrevo, não sou eu que carrego o fardo da culpa..
mas apesar de saber que não porque é que não sinto o contrario.. Conseguiste trocar o sorriso pelo olhar triste.. o amor pela desilusão.. o desejo pela raiva.. a saudade por..
Porque deveria eu gostar de ti?
a desilusão pode tornar-se numa das piores sensações do mundo..
infelizmente.. tornou-se mesmo numa desilusão.. e não há nada no mundo que te possa fazer mudar este sentimento.. porque eu estou aqui a escrever te as ultimas palavras..
O Nuno esta la fora, a sorrir porque um brilho de sol vai aquecendo a sua vida..
o brilho que outrora foste tu..
eu não sou eu..
nem tu voltaras a ser tu..

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Glitter in the Air

Estava a caminhar..
tinha saído de uma tarde cheia de movimento e retorno ao passado.. correrias e faltas de ar..
Ia em direcção a casa, e era ultrapassado por pessoas que corriam para os seus autocarros.. ainda tentava olhar algumas mas as suas caras inertes nada transmitiam..
continuei..
e até o céu parecia apagado em si mesmo..
continuei a percorrer o caminho que me levaria a casa, e cheguei a estação.. olhei e ainda não havia comboio para seguir..
olhei o relógio do telemóvel e era quase hora..o comboio estaria por momentos.. e com a barriga a sentir o nervosismo do dia, o meu corpo me levou para longe, e fui para as escadas.
sentei-me..
e com o som da musica a entrar nos meus ouvidos olhei uma vez mais o céu e virei o meu olhar para o lado..
o comboio tinha chegado..
apenas o comboio...
vi os minutos passar e levantei-me, peguei nas minhas coisas e deixei aquele espaço que por minutos foi unicamente meu e fui para dentro..
na companhia da musica que se mantém a minha fiel companheira senti o corpo a mover mantendo-se no mesmo sitio..
e vim..
e olhando me no reflexo da janela,
senti-me como que a rodopiar num baloiço de papel, quebradiço, frágil..
procurei e não vi a alegria de um punhado de papeis lançados ao ar..
vi apenas os restos de papeis caídos e espezinhados no chão..
alguma vez retiveste a respiração..
e te perguntaste se iria melhorar mais do que esta noite??
eu já..

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Longe do Mundo

Quantas vezes já me questionei e demonstrei aqui no ecrã, a minha questionabilidade acerca da
vida.. mas volto a fazê-lo porque por vezes e nos preciso
atingir que podemos estar presentes no mundo mas mesmo assim afastados do
mesmo..


não entendo como pode uma vida de um
momento para o outro ser transformada.. e não se tornar no que outrora foi..


será justo alguém que passou uma vida inteira a
dedicar-se de corpo e alma a todo um mar de gente sentir-se agora privado de
movimento??


de poder sequer falar??


ou pior, numa situação onde nem uma lágrima é capaz de
verter..


Questiono uma vez mais a justiça divina e pergunto-me como e
isto possivel..


sinto-o como uma base da minha vida.. e sinto a sensível, quase a
quebrar..


as suas palavras que fazem reflectir e toda a memoria que
existe, podem por dias terminar..


e a base partir..


não imagino o que sofre quem esta pregado a
uma cama e tenta ver em Deus a sua razao de viver, mas que para mim é difícil de ver a sua
força aguentar..


ser
capaz de ouvir e nao
poder demonstrar..


estar presente e vivo e agrilhoado a um presente que ninguem quer..


apenas guardo a minha oraçao, porque se ainda acredito em milagres
estou a espera do mesmo..


porque podendo estar longe do mundo esta perto de nos!


Esperamos por Si!

domingo, 31 de janeiro de 2010

I See You

Como seria se pudéssemos realmente conhecer um outro espaço, onde os nosso sonhos se pudessem concretizar?
Como era bom poder viajar e descobrir as belezas perdidas que Deus ou a natureza criou..
Ver com os nossos olhos as coisas que não vemos..
Mas é bom sonhar..

deixamo-nos prender como uma árvore que ganha raízes e muito dificilmente se liberta..
deixamo-nos levar por pessimismos vãos e alegrias imaginarias..
sinto a falta de ver o mundo com os meus próprios olhos e não com os olhos de outro..
mas será que algum dia vi, verdadeiramente..
ou apenas me deixei olhar..

qual seria a sensação de tocar num mundo vivo e novo, inexplorado, virgem da espécie humana.. trocar a vida que levamos por uma nova e fértil de desejos e aspirações..
mas nada disto é sequer possível, a vida não nos permite tal luxo, nem sequer sonhar por vezes podemos..

eu procuro talvez sem dever encontrar
procuro não ser olhado,
mas ser visto..

sábado, 30 de janeiro de 2010

The Blower's Daughter

30 de Janeiro de 2010

14:39:06

...
I can't take my eyes of you..
a melodia não termina.. nao deixo de ouvir o som..
a eternidade de um momento que perdura..
a vontade de tanto escrever só é ultrapassada pela mesma falta de palavras que se segue..
quero escrever, colocar a minha raiva nas letras do teclado.. mas não sai nada..
estou vazio..
Não sai nada senão o ar que expiro..
nem uma ideia, um pensamento..
nada..
se calhar é essa a forma de o mostrar..
se havia tudo, tornou-se um nada..
se havia..
já não há!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Try Sleeping With a Broken Heart

amor
1. Sentimento que induz a obter ou a conservar a pessoa ou a coisa pela qual se sente afeição ou atracção.
2. Paixão atractiva entre duas pessoas.
3. Afeição forte por outra pessoa.
4. O próprio ser que se ama.
5. Acto sexual.
6. Brandura, suavidade.
7. Paixão ou grande entusiasmo por algo.


love
1. Strong liking for.
2. Something that you like very much.
3. The feeling of liking another adult very much and being romantically and sexually attracted to them, or strong feelings of liking a friend or person in your family.
4. A person that you love and feel attracted to.


liebe
1. Starkes Gefühl der Zuneigung.
2. Barmherzigkeit, Mildtätigkeit.
3. umg. Gefälligkeit, Freundlichkeit.
4. umg. Person, der jmds. starkes Gefühl der Zuneigung zuteil wird.


amore
1. Attaccamento tenerezza affetto profondo.
2. Solidarietà carità vicinanza morale.
3. Attrazione passione coinvolgimento anche fisico tra due persone.
4. La persona amata.
5. Passione forte interesse per qlco.
6. Attaccamento forte desiderio di qlco.
7. Delizia cosa o persona amabile.
8. Affezione di Dio per le sue creature.


sentado na secretária a olhar para a chama da vela penso..


deixo me levar pelos movimentos concertados que ela mesma produz, e parece que viajo para um outro mundo no qual nada mais existe a não a ser essa mesma luz e a música que ouço constantemente tocar..

volto mais uma vez a pensar no que faz parte de mim, no que me consome a alma.. e aí se calhar como que levado pela história dos fantasmas do passado, do presente e do futuro, vejo tudo o que uma vez fiz ou fui..

quem seja santo que atire a primeira pedra porque todo o meu corpo se encontra a disposição de tal castigo, caso alguém assim exista sequer..
ja gostei e pensei amar..
ja amei e não fui amado..
ja fui amado e usei..
ja trai..
ja esqueci, ja tentei esquecer e ja menti..
ja menti a outros e ja menti a mim mesmo..
ja vi o que não queria ver,
ja dei de mim e não recebi..
e tambem ja amei e soube o que é ser amado..
ja esbanjei oportunidades e ja abusei..
ja fui fofo
ja fui querido
ja fui filho da puta
ja fui cabrão..
ja tentei adormecer com o coração feito em pedaços..

ja tentei perceber o que é o amor, mas mesmo em linguas diferentes.. as palavras mudam mas não o seu significado, talvez dai venha o facto de que o amor é universal, seja em portugues, ingles, alemao ou italiano..

amor precisa de dois, porque so um nao é par!
mas afinal o que é o amor? o plim que como uma pessoa acredita, que de um momento para o outro nos começa a soar na cabeça como um sino de igreja que da a hora da missa?

é o ter saudade, recordaçoes de um toque? de um cheiro??

amor nao é sofrer, porque nao aparece no diccionario como sinomino.. mas espectaculo, afinal parece que quando se fala de amor, o sofrimento também esta presente..

mas tambem ja ouvi dizer, que ninguem conhece o verdadeiro sentido de amar sem um dia ter sentido o que e sofrer..
a distancia para quem ama nao e sofrimento?
o segredo nao é para os amantes lagrimas que escorrem em silencio?
mas engraçado, nao deixam de amar..


continuo aqui sentado, a chama da vela ainda arde..

a musica ainda toca..

eu ainda olho e me perco..
e ainda tento ir me deitar sem ter o coraçao partido..



quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Ágora

"Duas coisas iguais a uma terceira são iguais entre si"



Quem não busca a resposta a toda uma panóplia de questões que vem cercando a sua mente e não deixa descansar nem corpo nem alma?

Pois que encontrei o caminho para uma das questões que vem me vem assombrando.. Nos acreditamos naquilo que verdadeiramente sai dos nossos corações ou acreditamos naquilo que umas palavras, uns actos nos levaram a acreditar? pois que eu acredito naquilo que acho correcto que devemos acreditar. porque quando se há quem acredite sem duvidar, eu não consigo deixar de questionar..


Acreditas em Deus?
Acreditas em Cristo?
Acreditas na Igreja?
Eu apercebi-me que acredito num só Deus e num só Jesus.. Mas tende a ser muito difícil acreditar numa igreja feita por homens, e que como tal se vê rodeada de imperfeições, desastres e falsidades.. O que é que nos diferencia de um outro ser humano? nada.. No entanto uma parte da sociedade que tanto prega o bem, veio cometendo o mal para conseguir atingir o lugar que hoje vem a ocupar..


Quanto do nosso conhecimento ficou perdido por selvajaria de homens que tomaram umas meras palavras como certas.


Quanto sangue não foi derramado usando profecias erradas..


Quanto não foram eles falsos, pois quando apregoavam as palavras de um Ser tido como perfeito, limitavam-se a desculpar-se porque não eram como ele e assim faziam o que bem entendiam..

Porque ele perdoou, Ele ajudou, mas os homens que fazem a sua suposta igreja não perdoam nem tão pouco ajudam.


Não queiram então tomar como culpado só um único evento porque toda uma historia se faz de muitos acontecimentos e todos tem culpa na vida que vivemos.. Apenas me questiono, como somos capazes de ouvir um homem falar e segui-lo como que cegos sem sequer questionar a possibilidade de estar errado.. o mundo é um espaço tão grande para nos conhecermos e acima de tudo para aprendermos.. não nos podemos deixar levar por falsas profecias.. cada um tem o direito a escolher no que acredita, no que o faz feliz..
Isto adequa-se no tempo de Alexandria como se adequa no tempo de hoje..
O homem sempre foi e sempre será como um ciclo, um circulo que volta a repetir os seus mesmos erros.. e que quando se encontra com a força para a sua vida, sucumbe perante a energia que isso lhe provoca..
e nunca percebe, que afinal quando duas pessoas são iguais a uma terceira então são iguais entre si!


Não quero deixar de acreditar numa só coisa, mas quero acreditar num monte delas..

Não quero seguir o caminho como um escravo, porque quero questionar..

Não sou ortodoxo, budista, anglicano, católico ou ateu..

Sou alguém que no fundo precisava encontrar-se..

Mas no fundo continuo a procura acreditando na filosofia que encontrarei a minha resposta, e quando assim for, irei para o túmulo como um homem feliz..

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Almost Lover

Imagens..
Imortais
Momentos
Amarrados
Guardados
Entre
Nos
Sonhados
Imagens..

Daquilo que fui, fomos.. porque as imagens são do passado.. e só o passado consegue petrificar esses momentos para sempre.. as imagens do futuro podem se desfazer como um simples sopro de fumo saído da minha boca.. dissipando-se pelo ar que de puro e inocente já nada tem, muito por culpa minha..

Imagens que são a ancora de um sonho que navega em mares ainda mais revoltos que os mares mais tempestuosos do planeta.. são nessas imagens que deposito a fé de que depois da tempestade vem a bonança..
Imagens que me perseguem como um espírito preso a terra com a sua missão ainda por completar..

São essas imagens que ora me trazem alegria ora tristeza..
São essas imagens que me fazem ora sorrir ora chorar..
São essas imagens que não quero por mais que doam apagar..
São essas imagens de outrora
São essas imagens aquilo que tenho de ti..

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Veronika Decides To Die

Tic Toc, Tic Toc, Tic Toc..


E se quando estamos sentados em frente a uma janela e decidimos por termo á nossa vida, não devíamos ter a liberdade de o fazer da maneira que muito bem entendamos?
Temos de esperar por decisões que vem por pessoas que se rodeiam de livros e palavras outrora escritas e que em nada se adequam a cada exemplar de vida..
as vidas de cada um não são como notas que saem numa inocente melodia do piano, porque essas tem tendência a serem exactamente iguais, seja agora, seja daqui a cem anos..
Se temos consciência do que verdadeiramente somos e da vontade que temos, não devemos agir como pretendemos???


O verdadeiro Eu sou de facto Eu, não o que os outros querem que seja..


E se afinal, quando queremos terminar a nossa caminhada, ou usando as palavras que transforma cada letra num sentimento profundo, e realinhando todo o seu sentido..
E se afinal, quando nos queremos matar, o que queremos mesmo e renascer de novo, ter consciência daquilo que temos.. da Vida!

sente que afinal as tentativas frustradas não fazem de nós vencedores ou vencidos.. fazem de nos pessoas que vivem.. que sentem, sofrem.. não são os outros que devem decidir como deves viver, mas sim tu mesmo.. sente a brisa tocar te na face.. sente o teu corpo, faz amor contigo mesmo para aprenderes que a vida vale ser vivida.. não e um desalento capaz de transtornar tanto que te leve a terminar tudo.. enquanto cais e te levantas mais tu vives..
sente a vida como uma peça de piano que solenemente inicia a sua batida, e com a doce melodia te envolve num misto de tristeza e alegria.. a saudade é para ser sentida, para ser vivida.. quem nunca a sentiu nunca viveu..
Inicia a tua viagem porque é sempre tempo de iniciar o teu desenho de um mundo.. deixa te levar pela musicalidade de uma vida que teima em terminar.. mas não te deixes terminar antes do tempo..

Dá espaço a ti mesmo, para que consigas evoluir, explodir e num aumento de emoção de um piano, tu sentes um aumento de evolução de ti mesmo..

Observa, ama, pisa a areia da praia com os teus pés descalços e adormece, sem nunca te esqueceres que quando abrires os olhos estarás de novo vivo, com um pôr do sol prestes a rebentar e quem sabe não estarás sozinho..

e acabando com as palavras não sei se profundas se lamentáveis que dos meus dedos saem directamente para a tela..

Cada dia, um milagre é, porque estavas de novo vivo, e podes de novo sonhar..

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

The Kill

A quem um dia procurou a felicidade, e a viu por vezes a reluzir como aquela estrela mais brilhante que se esconde por detrás de nuvens carregadas de lágrimas..



A quem tentou num momento de impasse segurar se a todo o seu ser e ter a força necessária para salvar o mundo..



A quem ontem pedia para que o hoje e de seguida o amanha fosse melhor que anteontem..



A quem esconde a tristeza por detrás de sorrisos e palhaçadas, que julga serem capazes de enganar o mais distraído dos imortais..



A quem quer ter a calma e não tem nada senão raiva e orgulho que o faz ter uma voz mais grave e forte..



A quem ouve musica com ganas de gritar e desaparecer por entre a multidão de caras desconhecidas..



A quem se encosta a uma canto e decide que o seu mundo não passa daquele metro quadrado..



A quem queria nada mais que tudo e não recebe nem metade de nada..



A quem carrega nas letras do teclado furiosamente com vontade de partir tudo..



A quem se deixa levar pelo orgulho quando devia mostrar o que sente..



A quem usa a cabeça e descarta o coração porque tem medo de sofrer ainda mais..



A quem quer mais e espera mesmo fugindo ..



A quem só queria um pouco de atenção..



A quem quer chorar e não o faz..



A quem pensar que pensa..



Eu digo..



Não me vergo a ninguém..

Nem mesmo que quisesse..

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Ouvi Dizer

Frio..
A noite estava fria, nem os milhentos cobertores que tinha sob o corpo me aqueciam..
a TV tinha-se desligado.. a Playstation tinha ficado sem bateria.. ouvia o barulho dos sinos do mosteiro, e só esse som entrava naquele espaço onde eu estava inerte agarrado a uma almofada, a esperar pelo calor que nunca mais queria chegar e assim não me deixava dormir.. passaram as horas.. e um momento de devaneio chegou.. levantei me e olhei pela janela..
nada vi naquela noite de inverno, fria, abandonada de vida..
nem um carro a passar.. um cão a ladrar.. apenas eu ali, em pé, encostado a um vidro que teimava em não me deixar sentir a brisa que se fazia sentir..
Desisti..
Finalmente o sono invadia o meu corpo que começava a sentir-se cansado..
voltei a deitar-me no sofá..
embrulhei-me nos cobertores e fechei os olhos..
adormeci por fim..
Até que.. "Está a nevar em Baguim" me acordou..
e pensei.. se neva lá então aqui também deve nevar..
a criança que sou levantou-se a correr, não quis saber por momentos do frio e abri a janela.. em pijama vi pequenos flocos de neve que caiam perdidos pelo ar..
pensei, que finalmente voltaria a ver neve cair na terra onde as memórias estão mais frescas..
sentei-me no chão e assim fiquei a admirar a neve que lentamente ia caindo e se tornava cada vez mais espessa e abundante..
Senti-me feliz, e voltei a imaginar-me envolto num manto branco..
Por fim sai da sala, sai de casa e fui para a rua.. tinha ouvido dizer que tudo melhoraria e a neve que se fazia sentir poderia se tornar numa tempestade que me ia prender por momentos na história daquele lugar..
tinha tantos planos para esse dia.. e no fundo toda a alegria que me invadia se foi como que uma página que se vira..
rápida e bruta..
porque depois de se virar a página ela não volta para trás a não ser que nós mesmos o façamos..
estava feliz.. mas não estava completo..
faltava a presença de alguma coisa, que teima em não estar presente a não ser cá dentro..
tentei não pensar, mas a imagem dos relvados verdes tornados brancos..
as copas das árvores negras banhadas de branco..
tudo isso fez-me regressar ao momento da melancolia e da saudade que teima em permanecer..
esta espera que faz de mim um crente..
não sei se burro se aventureiro e audaz, mas que espera que no meio de tanta neve que embora linda se sente fria consiga um dia ouvir dizer..
"A cidade esta deserta
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte
Nas casas, nos carros,
Nas pontes, nas ruas...
Em todo o lado essa palavra repetida ao expoente da loucura
Ora amarga,ora doce
Para nos lembrar que o amor é uma doença
Quando nele julgamos ver a nossa cura.."

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Try

começas um novo tempo..
onde as perspectivas daquilo que podes viver são as melhores, não queres outra coisa senão atingir os objectivos..
começas do mais baixo possível, com um trambolhão que sentes o chão..
inicias esse mesmo tempo a olhar para cima, a ver os outros a sorrir e tu sozinho..
caído..
mas tentas..
estendem-te um braço para que te consigas levantar.. e assim o fazes..
pensavas que o tempo seria diferente, que com um simples passar de um ano tudo mudasse e tudo ficasse completamente..novo, por descobrir.. um mar de possibilidades à tua espera.. mas os contos de fadas não são verdadeiros, não passam disso mesmo, contos..
mas continuas a tentar,
porque se te pedissem para ficar tu ficavas..
porque se te pedissem para correr, correrias..
porque se te pedissem para..
porque mesmos sem te sentires preparado se calhar tentarias..
mas se calhar é tempo de enfrentares a verdade.. Há quem tente mesmo sem estar preparado, Há quem faça acontecer independentemente dos riscos.. mas nem toda a gente é igual.. e nestas tentativas,
cresces..
aprendes
amadureces..
mesmo que voltes a tentar sem frutos que possam nascer.. o medo que vive agarrado a ti, só o está porque não consegues ou pior, não queres conseguir libertar-te dele e deixar os raios da confiança combaterem as garras do medo.. o medo que te prende a uma rocha e não te deixa fluir em algo mais que sabes que consegues ser.. o medo que deveria existir porque se vives tens medo.. esse medo que deveria ser pequeno é maior..
sentes-te como um inútil, sem que consigas encontrar uma razão válida e plausível para o mundo, sem que encontres um sentido para o qual consigas dirigir o barco da tua vida..
quantos navegaram e levaram o seu barco a bom porto, por mais medos e monstros que enfrentassem.. que seria da historia se todos tivessem o mesmo medo que tu.. em viver..
mas..
nem sempre consegues combater aquilo que sentes e esse medo domina-te!
porque não te sentes preparado..
mas vais prometer a ti mesmo que vais continuar a tentar..
que vais cair e te levantar e ter a coragem de combater esse medo e todos os medos que vem depois..
vais tentar.. e vais..
correr se andarem..
ir se pararem..
e acreditar!
Não vais olhar para trás nem vais ficar a pensar nos momentos que passaram ou deveriam ter passado e não chegaram a acontecer..
já não mais existiram duas vozes no mesmo dueto..
é tempo de procurares o teu sonho, e se calhar, se calhar..
é tempo de encarar a verdade..