quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Finding NeverlanD



não sou mais que uma variação de um momento maior que me faz mexer os braços e as pernas como que se de uma marioneta me tratasse..
como sou possível de estar aqui presentemente ausente, pelo que de lógica num vazio esquecido que é meu, e meu só..

nada do que diga vai ter sentido.. porque eu não tenho sentido.. nem sinto.. não mais do que as teclas de um piano que sofrem por toque de um dedo que carrega o talento ou desalento em si.. sou um nota perdida, numa pauta inventada.. aquele agudo que destoa, de uma harmonia muito mais que perfeita..

ilogicamente encontro a lógica naquilo que demonstro, e assim se passa pelo que mais ninguém conseguira entender.. que a raiva se esboce neste piano que não tem Dó.. não..

procuro o caminho de todas as palavras, o caminho que me leva a encontrar a terra que não é nunca, sem deixar de ser sempre! essa terra que nunca existe e que não passa de utopia, porque o nunca só se torna nunca quando se perder para sempre.. e essa vazio que me torna ausente e descrente, não pisa este palco que neste momento vejo.. não é um dialogo, muito menos um monologo, porque a relação esta em algo que não se passa para palavras.. está num momento que faz de mim um nada, fixo.. como que a dançar num plano de outono, em que sinto as folhas a cair das árvores, a abraçar-me ate ao momento do esquecimento final..

vi num todo escuro que a marca Lá fica num livro, num livro que como teclado de um piano sente a pena da caneta.. esse palco não passa de um momento de fingimento pelo qual não consegui fugir e não quero sequer correr.. quero sentar-me, e ver esse fingimento que tapa o que mais cristalino deveria ser e que mascara uma realidade em Si..

não mais que meras notas de musica transparecem de mim mesmo, porque de mim mesmo mais nada quero transparecer.. quero afogar-me num mando azul que paira pela noite alta e bela de uma cidade em tons de chocolate e negro entrançado..

quero perder a falta de lógica que em mim reside, e procurar o fingimento mais real que me seja possível fingir.. e mascarar-me.. e perder me por entre um piano que lança as suas notas mais além.. ser parte de uma melodia que me deixe desvanecer enquanto uma lágrima cai de um rosto.. lenta.. pura..

quero ser um pó de magia, uma tic tac interminável, um amor épico..
quero não crescer, não perder..
quero encontrar a resposta..
não quero procurar a terra do Nunca,
porque quero eu mesmo ser a Terra do Nunca!