quarta-feira, 26 de maio de 2010

Há Dias Assim

dias assim em que me levanto e olho para a janela, e não vejo nada..
Há dias assim, que sorrateiramente abro um olho, e te sinto acariciar-me, em que sinto os teus dedos pelo meu cabelo..
Há dias assim, não posso esconder, mas posso esquecer..
Dias assim onde a tua influência não passa de uma leve brisa que se sente ao virar da esquina, e outros onde és como que uma tarde ventosa à beira mar, onde levantas areias que te tocam na pele e perfuram como se de uma bola de sabão te envolvesses.. E continuo deitado, com a cabeça tapada pelos lençóis e a esforçar-me para adormecer de novo, porque a dormir encontro dias e noites, momentos em que tudo está bem, em que tudo é como o sonho que desejei.. até que um segundo, um simples, rápido e doloroso segundo te faz pensar em algo.. premonição talvez, dolorosa realidade..
Há dias assim que nos deixam sós..
Há dias assim em que acordo e sinto que o que fiz não foi feito, que o que vivi foi um mero acaso do destino, malfadado destino, que se ri dos meus percalços.. dias assim em que fiquei com a mágoa mesmo quando as mãos apertamos.. não sei que dias foram esses, não os relembro no meu diário, porque ainda espero que tudo não passe de um desacerto da vida, e que o verdadeiro acordar, o verdadeiro atracar nesse porto se realize.. mas..
Quem te me levou, roubou-me a alma
e não sei se voltarão a haver dias assim..
Assim só me detenho num busca pelo incógnito, pela satisfação do que me atormenta, do porquê, do teu porquê!! Serão dias perdidos entre cá e lá, já não sei de nada.. apenas me perco por entre lendas..
Há dias assim, em que acordamos e percebemos que de ti não se sabe nada!






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